O Rufião

Luis Gonzales Posada

Por: Luis Gonzales Posada - 28/03/2024


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A Real Academia da Língua Espanhola define rufião como uma pessoa “sem honra, perversa, desprezível”.

A frase enquadra-se, precisamente, na figura do ditador venezuelano Nicolás Maduro, que depois de desqualificar a social-democrata Maria Corina Machado (MCM), fez o mesmo com a sua substituta, Corina Yaris, prestigiada académica e professora de filosofia, representante do Plataforma Unitária da oposição.

Assim, Maduro zombou não só do povo das planícies, mas também da comunidade internacional porque na reunião realizada em 17 de outubro de 2023 em Bridgetown, capital de Barbados, assumiu um compromisso com os representantes dos Estados Unidos, Rússia, Holanda, A Colômbia e o México devem respeitar o direito de todos os grupos de escolherem o seu candidato presidencial e de libertarem os 280 presos políticos, civis e militares, em troca de Washington levantar as sanções contra as indústrias de hidrocarbonetos, gás natural e ouro daquele país.

Mas o rufião zombou de todos os seus compromissos para consumar uma grotesca fraude eleitoral, onde nem sequer permite votar no exterior porque, segundo a pesquisa Meganalisis International, 98% o fariam pela oposição.

Diante do ocorrido, esperamos que os governos democráticos do hemisfério – inclusive o Peru – retirem seus embaixadores de Caracas e não reconheçam os resultados eleitorais que, sem dúvida, darão “vitória” a Maduro, porque ele apenas permitiu o registro de Manuel Rosales, governador do Estado de Zulia, que na época confrontou Chávez e vivia exilado no Peru e que há muito é considerado uma toupeira do regime.


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