Por: Pedro Corzo - 04/08/2025
Colunista convidado.Em 2017, a prefeita Alessandra Rojo de la Vega, de Cuauhtémoc, cidade considerada o coração da Cidade do México, decidiu remover as estátuas do tirano Fidel Castro e do assassino em série Ernesto "Che" Guevara, que estavam em um parque local. A decisão foi tomada por um funcionário mexicano apoiador da ditadura cubana e um político importante no governo do atual presidente.
Ambos os símbolos de abuso e crueldade sem fim foram removidos em 2018 por falta de autorização do governo, após serem vandalizados em protestos e manifestações de moradores contra eles.
Consequentemente, a prefeita, com as atribuições que lhe são conferidas pelo cargo, argumentou que os monumentos geraram polêmica e que a prefeitura considerou que não se justificava que ocupassem o espaço público atribuído, além de que houve irregularidades em sua localização, sem se referir aos trinta e dois mil dólares de recursos públicos gastos na construção e ao fato de que se prestava homenagem a duas pessoas que representavam valores contrários aos que a sociedade mexicana e seu governo afirmam exaltar, acrescentando publicamente: "Nem Che nem Fidel pediram autorização para se estabelecer em Cuba, nem na Tabacalera".
As estátuas colocadas em um banco de jardim representavam Fidel Castro e Guevara, com um livro e um cachimbo de tabaco, respectivamente, em vez de um fuzil de assalto ou um artefato explosivo, as verdadeiras afinidades desses indivíduos que ao longo de sua existência só trouxeram infortúnio, miséria e um número incalculável de vítimas e mortes para a sociedade.
Essa ação gerou inúmeros comentários, mas, sem dúvida, os mais marcantes foram as declarações da presidente mexicana Claudia Sheinbaum, que disse que o prefeito Rojo de la Vega agiu ilegalmente ao remover os monumentos, enquanto acusava a autoridade de "tremenda intolerância".
Por outro lado, a presidente, seguindo as diretrizes do regime castrista de tentar desacreditar seus adversários e inimigos, afirma que a prefeita foi a Cuba a férias, o que, em sua opinião, demonstrou que ela não era contra o regime, ignorando o fato de que nem todos que visitam a ilha o fazem por amor à ditadura; muitos vão para obter informações ou participar da digna oposição que ela e seus aliados, como Luis Inácio Lula da Silva, optaram por ignorar por razões ideológicas.
Com toda a honestidade, não sou a favor da destruição de estátuas e monumentos. A cada dia me convenço de que existem valores indeléveis, às vezes representados por imagens e monólitos dedicados a personalidades ou eventos ilustres da história, mesmo que a perspectiva de cada um sobre os mesmos eventos e pessoas possa ser radicalmente diferente, o que deve suscitar uma reflexão adequada por parte dos envolvidos.
Por exemplo, rejeito a remoção de estátuas dedicadas a Cristóvão Colombo e outros descobridores e conquistadores das Américas dos espaços públicos onde se encontram. Não acredito nos argumentos demonizadores daqueles que defendem sua remoção. É verdade que as figuras representadas por muitas dessas estátuas cometeram inúmeros abusos e crimes, mas também foram elas que tornaram possível a colisão de dois mundos e enriqueceram ambos, sendo os resultados de suas vidas altamente positivos.
Isso não pode ser discutido em relação a Castro e Guevara, nem em relação aos janízaros que os acompanharam na destruição de Cuba e em sua tentativa fracassada de desestabilizar um continente inteiro para impor um poder totalitário.
Acredito que monumentos e estátuas representam episódios significativos da história, e sua construção ou remoção devem ser objeto de pesquisa detalhada, cujo resultado não deve ser influenciado por simpatias, mas pela contribuição que as figuras e eventos deram à humanidade.
De minha parte, conhecendo a forma como esses criminosos operam, acho uma boa ideia destruir monumentos semelhantes em qualquer lugar do mundo que representem indivíduos como esses, especialmente aquele dedicado ao "Che" na cidade de Santa Clara, porque o que o prefeito Rojo de la Vega disse na última segunda-feira, 21 de julho, é uma verdade irrefutável: "Fidel Castro e Che foram assassinos. Um assassino não deixa de ser assassino se for de esquerda."
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