Não é discurso de ódio; é o discurso que eles odeiam.

Hugo Marcelo Balderrama

Por: Hugo Marcelo Balderrama - 21/09/2025

Colunista convidado.
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Em 10 de setembro, o ativista conservador e pró-Trump Charlie Kirk foi assassinado enquanto dava uma palestra na Universidade Utah Valley. Nascido em 14 de outubro de 1993, em Arlington Heights, Illinois, Kirk era conhecido por seu ativismo em prol dos valores conservadores, do livre mercado e de um governo limitado. Sua capacidade de debater e contra-argumentar o consolidou como uma das figuras mais proeminentes da direita americana, especialmente entre os jovens.

Em fevereiro de 2025, Charlie Kirk assinou um contrato com a Trinity Broadcasting Network para apresentar um talk show. No entanto, seus talentos não se limitavam à retórica e à oratória; ele também explorou o belo campo da escrita. Sua produção intelectual inclui "Campo de Batalha do Campus", "A Doutrina MAGA" e "O Golpe Universitário: Como as Universidades dos Estados Unidos Estão Falindo e Lavando o Futuro da Juventude dos Estados Unidos", livros amplamente divulgados em círculos conservadores.

À medida que a notícia de seu assassinato se espalhava, elogiadores de esquerda começaram a inundar as redes sociais com mensagens celebrando o fim cruel de Kirk. Seu argumento central pode ser resumido como: "Kirk promovia discurso de ódio; ele era nazista."

Mas é verdade que Charlie Kirk foi uma versão atualizada de Hitler ou Mussolini?

Nada poderia estar mais longe da verdade, vejamos:

Kirk era contra a migração descontrolada e ilegal. Algo com que qualquer pessoa moderadamente informada concorda, já que os inimigos dos Estados Unidos, que incluem todas as ditaduras do socialismo do século XXI, usam a migração como arma de ataque contra as instituições americanas. De fato, minha Bolívia natal, em coordenação com a teocracia iraniana e o governo paraditatorial do México, é um dos países que se tornou um curinga na guerra assimétrica, como a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, certa vez denunciou.

Em relação à Teoria Crítica da Raça, Kirk a descreveu pelo que ela é: "um amontoado de mentiras para justificar o racismo contra pessoas brancas". Ele sempre propôs que suas falácias deveriam ser combatidas intelectual e argumentativamente. Seguindo o exemplo do grande Thomas Sowell, Charlie Kirk constantemente exortava os negros a não se deixarem usar como animais de estimação pelos progressistas, que geralmente são crianças brancas ricas e militantes de esquerda.

Charlie Kirk, como qualquer homem de bem, era contra o aborto. Em sua conta no Instagram, ele afirmou que o aborto é pior que o Holocausto porque, sob o eufemismo de negar sua condição humana, mais de um milhão de bebês são massacrados a cada ano. Além disso, como explica Mariana Kappelmayer, psicóloga especializada em aconselhamento pós-aborto:

O aborto é sempre uma experiência traumática que envolve a morte intencional de outra pessoa — neste caso, uma criança — e viola os padrões naturais do funcionamento humano. O que se segue ao aborto é um trauma, pois, para pôr fim à vida de uma criança, ela deve primeiro ser desumanizada, objetificada, reduzida a um amontoado de células.

Nessa linha, Kirk sempre considerou o aborto um crime com mais de uma vítima.

Kirk também afirmou que casamento, família e filhos são as melhores coisas que podem acontecer a homens e mulheres. Para Kirk, casamento e família proporcionam uma sensação de dependência, a sensação de amar e ser amado, de ser absolutamente essencial para a vida e a felicidade dos outros. Isso proporciona uma perspectiva diferente para lidar com os problemas que enfrentamos, porque há pessoas que dependem de você, que contam com você ou que se importam com você.

Concluindo, as ideias de Kirk eram pró-vida, pró-família, pró-verdade e pró-segurança nacional. Muitos agnósticos e ateus podem discordar de sua postura religiosa, mas chamar suas posições de discurso de ódio é apenas mais uma das manobras da esquerda para justificar a violência contra aqueles que pensam diferente: não é discurso de ódio; é o discurso que eles odeiam.


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