Por: Carlos Sánchez Berzaín - 31/08/2025
Há presos políticos e exilados porque o socialismo do século XXI institucionalizou a perseguição judicial para reprimir os defensores da liberdade e da democracia, incutir medo na população e garantir a impunidade do crime organizado. Acusações falsas com pseudojuízes fazem parte do "terrorismo de Estado" usado por ditaduras em Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia, e com o qual destroem a democracia com governos paraditatoriais no Brasil, México, Colômbia e Honduras. Classificados como promotores, juízes ou magistrados, são meros carrascos ou assassinos de aluguel e não podem continuar impunes.
A maneira eficaz de identificar uma ditadura é observar a realidade de um país com base nos cinco "elementos essenciais da democracia" estabelecidos no Artigo 3 da Carta Democrática Interamericana: "Respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais; acesso e exercício do poder com sujeição ao Estado de Direito; realização de eleições periódicas, livres e justas baseadas no sufrágio universal e secreto, como expressão da soberania do povo; regime pluralista de partidos e organizações políticas; e separação e independência dos poderes públicos". A ausência de um desses elementos sinaliza o fim da democracia.
O elemento fundamental das ditaduras socialistas do século XXI é o terrorismo de Estado: "O uso de métodos ilegítimos por um governo com o objetivo de produzir medo ou terror na população civil para alcançar ou encorajar comportamentos que não ocorreriam por si só". Um dos métodos fundamentais desse terrorismo é o uso do sistema judiciário para acusar, perseguir, aprisionar e condenar falsamente pessoas inocentes, confiscar seus bens e submeter suas famílias a condições de indefesa.
Português Além de crimes que vão desde prevaricação, falsificação material e ideológica, uso de instrumentos falsificados, falsa acusação e denúncia, e mais, os membros do sistema de terrorismo de Estado judicializado cometem crimes contra a humanidade porque o Estatuto de Roma, Artigo 7.1, dispõe: “O termo ‘crime contra a humanidade’ significa qualquer um dos seguintes atos….: e) Prisão ou outra privação grave da liberdade física… f) Tortura… h) Perseguição de um grupo ou coletividade identificável com base em questões políticas, raciais, nacionais, étnicas, culturais, religiosas, de gênero…. k) Outros atos desumanos de caráter semelhante que causem intencionalmente grande sofrimento ou lesões graves ao corpo ou à saúde mental ou física.”
Os membros dos sistemas de justiça controlados pelo socialismo do século XXI usurpam o nome porque não são juízes; são carrascos que punem sem piedade, obedecendo a ordens que mistificam decisões judiciais; são assassinos de aluguel porque são assassinos físicos e de reputação; são capangas contratados que violam direitos humanos.
A existência e a atuação de juízes executores e assassinos de aluguel são institucionalizadas pelas normas com as quais o socialismo do século XXI suplantou o "Estado de Direito" em Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia. Essas constituições e leis violam os direitos humanos em vez de protegê-los e suprimiram "a irretroatividade da lei, a presunção de inocência, o devido processo legal, a imparcialidade dos juízes e a igualdade de tratamento", entre outros direitos universais.
Os chamados processos judiciais são "linchamentos no século XXI" porque "executam vítimas inocentes sem o devido processo e em um massacre" e as submetem à prisão, ao exílio, à perseguição, à clandestinidade ou ao silêncio e à submissão devido ao terrorismo de Estado que perpetram.
As provas contra os juízes carrascos e assassinos de aluguel do socialismo do século XXI são "fatos públicos e notórios" e se refletem em suas ações, julgamentos e decisões. Em Cuba, são documentadas por organizações como Cubalex, Prisoners Defenders e outras, que certificam quase 1.200 presos políticos e a realidade de milhões de exilados. Na Venezuela, relatórios do Fórum Penal Venezuelano certificam 816 presos políticos, e o mundo acolhe mais de 8 milhões de exilados. Na Nicarágua, o Mecanismo certifica 54 presos políticos, e centenas de milhares de exilados sofreram até mesmo a perda da nacionalidade. Na Bolívia, a Liga Global de Direitos Humanos certifica 326 presos políticos, mais de 27.000 exilados, e agora os juízes da ditadura estão se acomodando, libertando presos notórios para manter sua impunidade.
Em países com governos paraditatoriais, são notáveis os signatários de mandados de prisão contra os ex-presidentes Uribe na Colômbia e Bolsonaro no Brasil, os conspiradores de processos que destroem reputações e os destruidores do Estado de Direito.
É hora de os povos das Américas e do mundo conhecerem os nomes dos algozes e assassinos do socialismo do século XXI para que não fiquem mais impunes. Cortar as forças operacionais reduzirá a criminalidade.
*Advogado e Cientista Político. Diretor do Instituto Interamericano para a Democracia
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