Cuba: 65 anos de revolução e só pobreza

Francisco Santos

Por: Francisco Santos - 27/05/2024


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Hoje existe uma oportunidade única para acabar com o mito da Revolução Cubana na região. Eles estão em revolução há 65 anos e não construíram nada. Hoje os cubanos estão mais pobres do que nunca, não têm comida, nem electricidade, nem saúde, e apesar disso ainda conseguem vender o seu mito com o apoio de muitos líderes políticos da região, que, claro, não vivem lá.

Uma campanha viral em todo o continente que mostrasse a verdadeira realidade atual dos cubanos semearia nas novas gerações um anticorpo que pelo menos as levaria a questionar aquela narrativa que os professores universitários, que, claro, também não vivem lá, tentam impor em seus jovens estudantes em todo o continente.

Cuba e o seu socialismo são um fracasso. Um fracasso absoluto onde apenas a nomenclatura – isto é, os Castros, os seus familiares e o alto comando do partido e as Forças Militares e as suas famílias – vivem bem, comem bem e desfrutam de uma vida luxuosa a que ninguém em Cuba pode aspirar. Muito semelhante ao que acontece na Venezuela, onde os Maduros, Diosdados e Rodríguez e as suas famílias vivem vidas de bilionários americanos e têm contas bancárias de bilionários mundiais, algo que os Castros e a sua família também têm em Cuba.

A Cuba revolucionária sempre viveu à custa dos outros. Primeiro veio da União Soviética, que financiou aquela economia até à sua dissolução em 1990. Nunca utilizaram esses recursos para construir uma economia viável ou um sistema social sustentável. Quando os rublos pararam de chegar a Cuba, ela entrou em colapso. O PIB caiu 35 por cento, como na Venezuela ou na Argentina com os Kirchner, e começou o que Fidel Castro chamou de “período especial”.

Depois a virgem apareceu-lhes com Chávez, a Venezuela e o petróleo. Eles respiraram novamente, mas também não construíram nada. Nunca saberemos os números reais, mas uma média de 65 mil barris por ano durante 13 anos, de 2000 a 2013, com um barril a 50 dólares, um valor baixo, já que muitos anos foi de 100, mostra que a Venezuela deu 15,5 mil milhões de dólares. dólares para Cuba. É muito mais, pois venderam grande parte desse petróleo no mercado internacional a preços mais elevados.

Quantos bilhões ficaram nas mãos da nomenclatura, ou seja, dos Castros, de seus amigos e de seus aliados? Se virmos a crise de hoje em que a economia já caiu 11 por cento, vai cair ainda mais, e sem possibilidade de recuperação, porque com esses 15 mil milhões não construíram nada, o novo período especial mostra que Cuba só sabe como viver dos outros. Ou, como me disse um amigo, “o governo cubano é o jóquei (prostituta) do Caribe. É vendido ao licitante com lance mais alto.” Ele já está flertando com a Guiana para se aproximar e perguntar, e até na Caricom deu as costas à Venezuela em votos a favor da Guiana.

E como se compara o período especial dos anos noventa com o que Cuba vive hoje? “Durante o período especial, o atendimento hospitalar, claro, sofreu, mas nada a ver com a situação que vivemos hoje. O mesmo pode ser dito da educação. Cuba veio com um sistema educacional robusto, com muito capital humano. Isso não é mais verdade. Pelo contrário, tem havido uma migração massiva de professores bem qualificados que afeta todos os níveis”, afirma o economista Ricardo Torres, pesquisador do Centro de Estudos Latino-Americanos e Latinos da American University em Washington, DC.

Não podemos perder esta oportunidade de destruir a narrativa da esquerda e de seus aliados do Foro de São Paulo e do Grupo de Puebla, entre outros, que tanto dano causou à região. O fracasso de Cuba ocorreu com sanções e quase sem sanções (a Lei Helms-Burton data de 1996), o que mostra algo que todos sabemos: o sistema é um fracasso e o embargo não é a causa. Claro que se repetem como papagaios, mas o cidadão facilmente percebe que, se em 65 anos uma revolução só constrói pobreza e miséria, o modelo é um fracasso. Imagino vídeos virais de cidadãos cubanos mostrando como vivem hoje. Imagino campanhas em universidades da região e até nos EUA – embora lá as coisas sejam mais difíceis, porque a cultura acordada tomou conta e esse discurso foi cancelado – mostrando a realidade da ilha. Documentários, vídeos virais, livros, músicas, toda uma campanha para destruir essa narrativa mentirosa de Cuba e dos seus amigos. É hora.

Sim, sonho com essa campanha e apelo a todos os amigos da liberdade da região e do mundo, especialmente à colónia cubana de Miami, para que não deixemos passar este momento de grande fragilidade dessa ditadura assassina e mafiosa. quem governa a ilha. Simplesmente mostrando a realidade nas redes sociais e tornando visível o que ali acontece, começamos a vencer esta batalha. Antes era impossível porque eles controlavam todas as informações. Hoje eles não conseguem mais.

Cuba, 65 anos de revolução, pobreza e miséria. Esse deveria ser o título desta campanha. Alguém se junta a mim neste esforço? Estou pronto.

Publicado em semana.com sexta-feira maio 24, 2024



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